domingo, 15 de janeiro de 2017

Algumas Reflexões contextualizadas na Arguição da singular e promissora Tese de Doutoramento, “A Infocomunicação em Harmonia com a Musicografia Braille: Proposta de Plataforma Digital Inclusiva”, da Investigadora Dolores Tomé, defendida, com o justo êxito, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, no dia 6 de janeiro de 2017:

Tiflografia

«A tiflografia é um processo tátil graficofonético e intelectossocial específico para uso literácito das pessoas cegas, cuja viagem tem a sua génese em engenhosas tentativas muito recuadas no tempo, que prossegue o seu caminho de aperfeiçoamento e justificação até aos nossos dias, vindo a materializar-se e a implementar-se através de sucessivas etapas de progresso, desde a representação manual de carateres – em relevo linear (Haüy) e por meio de pontos salientes dispostos sistematicamente (Serre e Braille) -, passando pela sua representação mecânica (a datiflografia em máquinas especialmente concebidas para tal), até às atuais formas de representação em suporte digital, cada vez mais sofisticadas e precisas em acessibilidade e usabilidade, estado de graça este sustentado e disponibilizado pelos ilimitados recursos tiflotecnológicos
(Augusto Deodato Guerreiro, lembrando o genial inventor Louis Braille, 165 anos após a sua partida física, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto: 6 de janeiro de 2017).

«São as ferramentas humanas formais e vitais da vida que às vezes menosprezamos, as imprescindíveis ao relacionamento e interação, à sociocomunicabilidade e à competência infocomunicacional e sociocognitiva, à generosidade e culto da gratidão, mas que são também aquelas que nos perseguem e nunca nos abandonam enquanto a nossa conscientização dessa real necessidade não estiver em plena ação operacional e funcional.»

(Augusto Deodato Guerreiro, pensado e escrito no Hospital da Luz, em Lisboa, em 28 de dezembro de 2016, e contextualizado na arguição da Tese de Doutoramento da investigadora Dolores Tomé, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, no dia 6 de janeiro de 2017).

«Há vidas que são livros de magnífica e frutífera instrução e de sublime humanização da vida. Há vidas que são esses livros, mas que se ignoram ou abandonam e se deixam fechar para sempre no insondável e intransponível harmatismo da morte.»

Dolores Tomé homenageou cientificamente um grande livro, o seu saudoso pai!

«Augusto Deodato Guerreiro, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 6 de Janeiro de 2017»

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